terça-feira, 29 de novembro de 2011

BLUES DE CHICAGO

Em meados dos anos 40, começa um período intenso de migração do delta do Mississippi para Chicago, que já ocorria há alguns anos, porém de forma mais escassa. A população negra do sul dos Estados Unidos, procurando fugir da repressão e das condições precárias de vida que lá encontravam, viram em Chicago um lugar para novas oportunidades. Os músicos de Blues que, por essa época, chegavam em grande número a Chicago, encontraram a eletricidade na música, o que possibilitou uma gama enorme de novas possibilidades e os permitiu alçarem voos mais altos com sua música. Talvez o grande nome dessa nova fase tenha sido o de Muddy Watters, o primeiro a eletrificar todos os instrumentos de sua banda. Com seu blues carregado, poderoso e intenso, Muddy Watters é talvez, junto com Robert Johnson, a figura mais influente e popular do blues americano, sendo o primeiro bluesman a ter seu nome reconhecido fora dos Estados Unidos, sobretudo na Inglaterra, onde influenciaria posteriormente o surgimento de diversas bandas importantes como Yardbirds e The Rolling Stones. Essa última inclusive teve seu nome baseado em uma música de Muddy Watters, Rollin' Stone. Waters compôs e/ou interpretou inúmeros clássicos máximos do blues como Baby Please Don't Go, I Can't Be Satisfied, Honey Bee e Hoochie Coochie Man, entre muitas outras. Sua importância no desenvolvimento do blues como gênero dominante no cenário mundial é tão grande que é necessário um capítulo à parte para descrever toda a sua obra.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Bandas de Blues

No final dos anos 30 e inícios dos 40 surgiram as primeiras grandes bandas de blues, de Sonny Boy Williamson e Big Bill Broonzy. E a partir de 1942 o blues sofre sua primeira grande "revolução" interna com o soar das primeiras notas eletrificadas do lendário guitarrista T-Bone Walker. Certamente é deste nome que remonta as origens do formato consagrado do blues moderno, baseado na repetição 12 compassos da melodia base e com o solo totalmente livre do acompanhamento, (ou seja, o puro improviso) o que não ocorria até então já que o solista era na maioria dos casos também o responsável pelo parte rítmica instrumental. O que certamente tornou possível a T-Bone Walker ser o precursor do estilo clássico moderno do blues foram suas raízes no Jazz, que posteriormente imortalizariam a marca de seu Blues. Com a explosão do blues em Chicago e o advento da eletricidade na música, o blues atingiu um patamar novo, deixando de ser restrito a um pequeno grupo, para se tornar cultura popular no sul dos Estados Unidos.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Robert Johnson- Vídeo

ROBERT JOHNSON

Na década de 1930, surge o nome que talvez seja o mais influente e idolatrado do blues: Robert Leroy Johnson. Influenciado por Son House e Willie Brown, Johnson viveu pouco tempo, cerca de 27 anos, sendo que sua data de nascimento não é totalmente precisa. É um dos músicos mais influentes do Mississippi Delta Blues. Influenciou grandes artistas durante anos como Muddy Watters, Led Zeppelin, Bob Dylan e Eric Clapton, que considera Johnson “o mais importante cantor de blues que já viveu”. Por suas inovações musicais e uma grande habilidade com a guitarra, ficou entre os cinco melhores guitarristas de todos os tempos pela revista Rolling Stones. Vitimado, segundo a lenda, por um whiski envenenado pelo marido de uma de suas amantes. Outro mito popular recorrente, sugere que Johnson tenha vendido sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi. Fez isso em troca de da proeza de tocar guitarra. Este mito foi difundido por Son House e ganhou força devido às letras de algumas músicas, como:  Croosroads Blues, Me na the Devil Blues e Hellhound on my Trail. O mito também é descrito no filme, de 1986, Croosroads. Gravou 29 canções apenas, ente 1936 e 1937, porém consideradas alguns dos maiores clássicos do blues de todos os tempos.