Em meados dos anos 40, começa um período intenso de migração do delta do Mississippi para Chicago, que já ocorria há alguns anos, porém de forma mais escassa. A população negra do sul dos Estados Unidos, procurando fugir da repressão e das condições precárias de vida que lá encontravam, viram em Chicago um lugar para novas oportunidades. Os músicos de Blues que, por essa época, chegavam em grande número a Chicago, encontraram a eletricidade na música, o que possibilitou uma gama enorme de novas possibilidades e os permitiu alçarem voos mais altos com sua música. Talvez o grande nome dessa nova fase tenha sido o de Muddy Watters, o primeiro a eletrificar todos os instrumentos de sua banda. Com seu blues carregado, poderoso e intenso, Muddy Watters é talvez, junto com Robert Johnson, a figura mais influente e popular do blues americano, sendo o primeiro bluesman a ter seu nome reconhecido fora dos Estados Unidos, sobretudo na Inglaterra, onde influenciaria posteriormente o surgimento de diversas bandas importantes como Yardbirds e The Rolling Stones. Essa última inclusive teve seu nome baseado em uma música de Muddy Watters, Rollin' Stone. Waters compôs e/ou interpretou inúmeros clássicos máximos do blues como Baby Please Don't Go, I Can't Be Satisfied, Honey Bee e Hoochie Coochie Man, entre muitas outras. Sua importância no desenvolvimento do blues como gênero dominante no cenário mundial é tão grande que é necessário um capítulo à parte para descrever toda a sua obra.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Bandas de Blues
No final dos anos 30 e inícios dos 40 surgiram as primeiras grandes bandas de blues, de Sonny Boy Williamson e Big Bill Broonzy. E a partir de 1942 o blues sofre sua primeira grande "revolução" interna com o soar das primeiras notas eletrificadas do lendário guitarrista T-Bone Walker. Certamente é deste nome que remonta as origens do formato consagrado do blues moderno, baseado na repetição 12 compassos da melodia base e com o solo totalmente livre do acompanhamento, (ou seja, o puro improviso) o que não ocorria até então já que o solista era na maioria dos casos também o responsável pelo parte rítmica instrumental. O que certamente tornou possível a T-Bone Walker ser o precursor do estilo clássico moderno do blues foram suas raízes no Jazz, que posteriormente imortalizariam a marca de seu Blues. Com a explosão do blues em Chicago e o advento da eletricidade na música, o blues atingiu um patamar novo, deixando de ser restrito a um pequeno grupo, para se tornar cultura popular no sul dos Estados Unidos.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
ROBERT JOHNSON
Na década de 1930, surge o nome que talvez seja o mais influente e idolatrado do blues: Robert Leroy Johnson. Influenciado por Son House e Willie Brown, Johnson viveu pouco tempo, cerca de 27 anos, sendo que sua data de nascimento não é totalmente precisa. É um dos músicos mais influentes do Mississippi Delta Blues. Influenciou grandes artistas durante anos como Muddy Watters, Led Zeppelin, Bob Dylan e Eric Clapton, que considera Johnson “o mais importante cantor de blues que já viveu”. Por suas inovações musicais e uma grande habilidade com a guitarra, ficou entre os cinco melhores guitarristas de todos os tempos pela revista Rolling Stones. Vitimado, segundo a lenda, por um whiski envenenado pelo marido de uma de suas amantes. Outro mito popular recorrente, sugere que Johnson tenha vendido sua alma ao diabo na encruzilhada das rodovias 61 e 49 em Clarksdale, Mississippi. Fez isso em troca de da proeza de tocar guitarra. Este mito foi difundido por Son House e ganhou força devido às letras de algumas músicas, como: Croosroads Blues, Me na the Devil Blues e Hellhound on my Trail. O mito também é descrito no filme, de 1986, Croosroads. Gravou 29 canções apenas, ente 1936 e 1937, porém consideradas alguns dos maiores clássicos do blues de todos os tempos.
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